Chuvas escancaram fragilidades da gestão João

“É nítido que houve falhas de planejamento, de inteligência. São cenas inadmissíveis de serem vistas”.

Essas foram as declarações do prefeito do Recife, João Campos, após os episódios de violência registrados no Recife no último domingo entre torcidas organizadas de Sport e Santa Cruz. Mas a frase poderia ser facilmente usada também para mostrar a falta de planejamento das gestões do Recife durante décadas, em relação a um plano de contenção de enchentes, incluindo a do próprio prefeito.
Pessoas morando em áreas de risco, pontos de alagamento que não se resolvem, mortes acumuladas e um descaso aparente.

Nenhuma tragédia pode ser usada de forma política, pelo menos não deveria, mas sempre é!

Foi assim no domingo, com membros da oposição criticando a gestão estadual e esquecendo o bom senso em reconhecer que a violência nos estádios também foi registrada durante gestões passadas, até com mortes confirmadas.

Um dia da “caça outro do caçador”, agora é a vez do prefeito João Campos e seu grupo político sofrer na mesma moeda. Receberam críticas pesadas da oposição municipal durante os últimos dias.

O vereador Thiago Medina criticou os investimentos de João com publicidade, carnaval e com o aumento da máquina pública, citando uma série de ruas e avenidas que não receberam recursos devidos para resolver problemas de alagamento. “O nevou do cabelo do Joãozinho aditivo derreteu e inundou Recife” disse o parlamentar.

Outro vereador, Eduardo Moura, gravou um vídeo percorrendo ruas alagadas. “Vamos mostrar a realidade aqui. E tem babão dizendo ‘meu prefeito’. Até quando vão ficar idolatrando políticos?”.

Já o vereador Gilson Filho também gravou vídeos mostrando os problemas de alagamento e disse “são 25 anos de governos da esquerda em Recife, com 16 anos sob o comando do PSB”.

As críticas mostram que João vive nos primeiros 60 dias do novo governo, uma realidade diferente da primeira gestão. Tem uma oposição que aponta falhas, sabe se comunicar bem nas redes e crítica de forma ácida os erros.

Se durante os últimos dois anos, o prefeito teve terreno aberto para fazer política, sem temer rebordosas, vai precisar provar que seu teto não é de vidro como tem se mostrado.

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