Crise no PL de Pernambuco: saída de Bolsonaristas pode fortalecer o PP

O Partido Liberal (PL) de Pernambuco enfrenta uma grave crise interna, com a possível saída de três figuras influentes: Gilson Machado Neto, ex-ministro de Cultura e Turismo; Gilson Machado Filho, vereador do Recife e o deputado estadual Coronel Alberto Feitosa. O descontentamento com a condução do partido pelo presidente estadual Anderson Ferreira (PL) tem levado os bolsonaristas a buscarem novos rumos, e o destino mais provável é o Progressistas (PP), comandado por Ciro Nogueira.

A fragilidade da liderança de Anderson Ferreira não é novidade. Desde as eleições de 2022, o ex-prefeito de Jaboatão dos Guararapes acumulou atritos internos e desgastes com a base conservadora, chegando a criar desconforto até mesmo com o ex-presidente Jair Bolsonaro. Seu estilo de condução política, marcado por exposições midiáticas e disputas internas, tem afastado aliados históricos de Bolsonaro em Pernambuco.

A possível migração de Gilson, Feitosa e outros aliados para o PP representaria um duro golpe no PL pernambucano. Além de maior estrutura partidária e fundo eleitoral, o PP também se fortalece nacionalmente como uma das principais legendas da direita. Nomes como Guilherme Derrite, secretário de Segurança Pública de São Paulo, e a família Tércio, tradicional no conservadorismo nordestino, já manifestaram preferência pelo partido, reforçando a consolidação do PP como alternativa ao PL para os aliados de Bolsonaro.

Outro fator determinante para a movimentação é o fortalecimento do deputado federal Dudu da Fonte (PP), que poderia ter sua candidatura ao Senado impulsionada com a chegada do grupo bolsonarista. A aliança estratégica ampliaria o espaço da direita no estado, ao mesmo tempo em que aprofundaria a crise no PL, que, sem esses quadros, perderia relevância e capilaridade eleitoral em Pernambuco.

Caso a debandada se confirme, o PL estadual, sob a gestão de Anderson Ferreira, enfrentará uma de suas maiores derrotas, consolidando o enfraquecimento de um grupo que já não conta com o apoio sólido do eleitorado conservador. Enquanto isso, o PP se posiciona para ser a nova casa dos bolsonaristas que buscam um partido alinhado com suas pautas e estratégias para 2026.

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