“André não constrói pontes, ele pavimenta a estrada, constrói a ponte e garante o fluxo da estrada”. A declaração foi dada pelo assessor institucional da Copergás, Rubens Júnior, ao se referir ao ministro de Pesca, Aquicultura do Brasil, André de Paula.
O ministro participou de entrevista no último Mesa Redonda, da Rádio Cultura do Nordeste, e novamente impressionou nas respostas firmes e lúcidas, que retratam uma personalidade agradável, mas sobretudo, experiente! Pra mim, André de Paula é um dos maiores quadros políticos que integram a política pernambucana, e que bom seria se existissem mais exemplos assim, que retratassem nossa política nacional.
André é daqueles políticos com o perfil agregador, que onde chega é ouvido por todos, pelo timbre de voz calmo, sereno, mas principalmente pelo tom seguro, carregado de tamanha lucidez, que impressiona aos que não tem familiaridade nas suas respostas e discursos, e que enche os ouvidos dos que já o conhecem e gostam de ouví-lo como aprendizado.
Com seis mandatos de deputado federal, tendo acumulado passagens ainda pelo Legislativo municipal em Recife e pelo Estadual, o agora ministro se destaca em uma pasta de orçamento baixo, se comparado aos demais ministérios. Mas não usa dessa justificativa para não ter entregas. Abusa, no bom sentido da palavra, da experiência acumulada de Brasília e consegue avançar em pautas ligadas ao “MPA (ministério de Pesca e Aquicultura)’.
Perguntado durante o ‘Mesa’ sobre como tem capitalizado as entregas da pasta, André lembra dos “destraves” acumulados, depois de oitivas com os setores privados e afins e de diálogos frequentes para avanços de demandas antes acumuladas.
Ainda que tenha conquistado sucesso nessa missão, com uma dificuldade natural da pasta, André não nega o desejo de um desafio maior, hoje a especulação é de uma ida para o Min. Turismo, pretensão encabeçada por membros do seu partido, o PSD. “O turismo pra qualquer pernambucano é uma pasta que encanta.” disse, e completou “isso independe de mim, mas qualquer que seja o desdobramento dessa pretensão, que fique eu no MPA ou vá pra outro ministério, vou garantir que vou trabalhar”.
São essas declarações, diretas, sem dupla mensagem e esvaídas de vaidade que o colocam na estante representativa da política.
André de Paula, admirador nato do ex vice presidente da República, Marco Maciel, a quem se refere como “fonte de inspiração permanente na vida pública”, segue seu legado como um político conciliador. Consegue reunir lideranças políticas de campos distintos, ser respeitado e admirado por adversários. Não nega que o atual cenário político é agressivo, mas deixa claro um de seus aprendizados na vida pública: “eu nunca deixei de tratar Miguel Arraes como doutor Arraes, nunca deixei de tratar Jarbas Vasconcelos com o maior respeito. Hoje se trata (adversário) como se fosse um bandido. Eu não me conformo com isso. Eu não sei fazer política dessa forma” explicou.
Esse conjunto de valores do ministro de Paula, fazem o político conseguir dialogar em várias frentes, saber elogiar aliados e reconhecer os méritos dos que nem sempre estiveram no seu mesmo campo político. É o caso do presidente Lula, de quem André já figurou no campo oposto, mas que tinha seu respeito. É também o caso da governadora Raquel Lyra, de quem nas últimas eleições não esteve de mão dada, mas que sempre teve seu reconhecimento como “liderança e um quadro diferenciado, de elevado espírito público”.
Dos amigos mais longevos da política, André não poupa elogios, como é o caso de Gilberto Kassab, presidente nacional do PSD, “o amigo que fiz na política foi Kassab, eu tenho respeito e admiração”.
É fato que essa personalidade conciliadora e agregadora, somada à experiência política, trajetória ilibada e serviços prestados, o ministro André tem méritos de sobra para alçar uma missão do nível do Ministério do Turismo, ou qualquer outro. Mas me antecipo a falar de 2026, ao dizer sem pestanejar, que André é um quadro político que não pode ficar alheio às urnas! Seja na volta a disputa a uma cadeira na Câmara dos Deputados, ou ainda a uma das duas que estarão em disputa no Senado Federal, o ministro terá apoio de sobra e o desejo de sucesso daqueles que esperam mais representantes como ele no cenário político nacional.
O conjunto de valores que carrega é mais do que nunca essencial à boa política, e mostra que André é um político que Pernambuco, e o Brasil, precisa ter em seus quadros!
